Ele: o poeta é um eterno fingidor, sua alma é nobre, seu coração é grande, o fingimento não é maléfico, depende é claro, da sua identidade como poeta, do seu caráter e da sua condição humana de vida. As palavras ardentes, ás vezes queimam, mas, ilusoriamente trazem um pouco de desvio da realidade cruel do dia a dia e as relações humanas que por ora são conflitantes e cheias de atitudes subjetivas, e o envolvimento ás vezes trazem sequelas intraduzíveis no dia a dia da nossa alma.
Ela: O poeta é um maestro das palavras, ora mentiroso, ora verdadeiro, hipócrita, sensível, insensível, insano. O verdadeiro poeta, aquele que a gente lê e sente o arrepio na alma, aquele que a gente lê seus versos como se estivesse olhando em seus olhos, olhando sua alma nua – é o poeta que usa das palavras para falar do verdadeiro sentimento contido dentro de sua alma. Que utiliza das palavras para tecer sobre verdades. Esse sim é um verdadeiro poeta. Se porventura mentes: engana um sentimento. O poeta fingidor é aquele que como qualquer um sabe mentir, porém tem o dom de manusear as palavras e ao manusear ceifando fingimento - cai por terra a suas atitudes. O fingimento é maléfico, porque, tudo que é proveniente do mal faz mal.
Ela: Os poetas são perigosos, falam de amor, mas de amor não vive.
Ele: ...eu sempre falei de amor, vivi o amor, sofri o amor, e corri todos os riscos do amor. De amor não se vive, mas, o amor é uma pilastra da vida, sem amor não se vive e não se vive só por amor. Na convivência humana sempre há lugar para o amor, mas, devemos vê-lo como um divisor de águas, mesmo sabendo que ás vezes, o joio e o trigo se misturam e a felicidade é efêmera,
Ela: ...falar de amor é fácil, para quem conhece o amor, para quem vive o amor ou quem já viveu um grande amor. Difícil é praticar o amor. De amor se vive, somos regidos pelo amor. Se assim não fosse, não existiria o bem, a fidelidade, a reciprocidade, o infinito – amor é infinito, é bem, é base da vida. É a órbita da alma e coração! É a fórmula dos nossos sentimentos e desejos. Na convivência humana sempre há sim o lugar para o amor, uma vez que, outros empecilhos não danifiquem o sentimento- e para isto, basta: confiança e escolhas. A felicidade... como é bom ser feliz! E ela não é efêmera... não é algo como o trem, vem e passa. É algo que fica. Independe de momento. Depende de você, de seu estado de espírito. Se você é regido por amor, vive amor ... saiba você é feliz.
Excelente gift from a friend.
ResponderEliminarAmor, essa temática que tantos versos originou, origina e originará. Nada como tentar aprofundar essa dissertação com uma questão: será o Amor e a Morte indissociáveis? O que me dói no Amor é justamente algo que reflecte uma das melhores histórias de Amor alguma vez contadas. Quando Orfeu olhou para Eurídice... Ela desapareceu...
Isto dói. Dói muito!
O Amor Eros, nada tem a ver com a Morte.
EliminarA morte é terrena e o Amor nada tem de terreno. O Amor vive para sempre na Alma e perpétua a existência daqueles que partem, sei que sabes do que falo.
Quanto a Orfeu...bem, Eurídice desapareceu porque Orfeu não cumpriu o seu desígnio, falhou com o seu compromisso e não acreditou nos sentimentos para além das palavras.
Por vezes Eros, o silêncio e muito mais revelador da presença incondicional do que qualquer palavra, porque o Amor se alimenta de actos e não de vozes. Mas Orfeu, habituado ao poder dos seus sons que sempre encantaram o Mundo dos deuses...desvalorizou a importância dos atos e do compromisso que assumiu e não acreditou na devoção de Eurídice, porque Orfeu não entendia o poder do silêncio.
E a Beleza das palavras acabou por nada lhe servir para atingir a sua própria felicidade, apesar de encantar tudo e todos a quem dirigia o seu canto.
É uma história triste....de seres que se amavam e se perderam por não falarem a mesma linguagem.
Sabes que me doí o teu doer.
Desejava...poder iluminar-te um pouco com o brilho da minha *Estrela*. Dirijo-te a minha Luz com carinho.
Beijo Constelado
É bom ter-te de volta :)
Eles não se perderam... desencontraram-se.
EliminarMas no Final, quedaram juntos... pois sempre foi esse o destino de Amor à prova de Mundo. É certo que o Poeta não soube ler na plenitude, mas atenção... ela dava atenção aos actos! Oh se dava! Ele desafiou os deuses por ela! isto é acto supino!
Mas entendo e creio na mensagem que passas :)
Mas Orfeu viveu uma vida triste à espera desse encontro no outro lado do Mundo.
EliminarTerá sido plena e gratificante a união do outro lado do Mundo? Será que valeu a pena ter permanecido cego para o mundo em redor e morto para a vida à espera desse encontro?
Se Eurídice o observava do outro lado do Mundo, teria certamente desejado intensamente que Ele tivesse vivido feliz, que tivesse sido pleno na sua existência e certamente sofria ao vê-lo chorar por ela.
Mas isto é apenas a minha forma de ver o Amor....
Beijooos da Tua *Estrela*
Furto algo... para orar, por ELA.
ResponderEliminar"[...] Aquieto o meu coração, dele é a providência! E a mim o que me resta senão ceder-lhe. Despedir da noite, agradecer pelo novo dia... a banhar-me do raios dourados na tez veluda. Sair para alimentar-se de poesia.
Seria mesmo o poeta um fingidor?
O que vc me diz, Estrela!
O verdadeiro Poeta nunca poderá ser um fingidor Uirapuru...ou não seria um poeta.
EliminarPor vezes a intensidade do seu sentir transforma as palavras com que se expressa em complexas odes indecifráveis a quem apenas as lê...sem as sentir.
Por isso eu, no meu humilde viver, apesar de me deliciar com as palavras.... prefiro os actos.
Agradeço sempre pelo novo dia!
Beijo *Estrela*do*
Muito observadora, você...
EliminarNeijos e Voei!
Voa Uirapuru....mas gosto de te ver poisar aqui :)
EliminarBeijo *Estrela*do*
Será que o poeta é um fingidor, ou será que não consegue é transmitir a dor que deveras sente?
ResponderEliminarFica a questão :)
Beijo Estrela
Eu acho que a transmite de forma tão intensa Juliet, que por vezes se torna incompreensível aos olhos que quem a lê, sem a sentir.
EliminarBeijo *Estrela*do*